Quando e onde o Corinthians foi fundado?

O nascimento do Corinthians

O Corinthians foi fundado por um grupo de operários que trabalhavam na fábrica da Cia. Paulista de Alumínio (CPA), na região conhecida como Várzea.

Eles se reuniram em uma casa alugada na rua José Paulino e Cônego Martins, no bairro do Bom Retiro, para formar um clube de futebol que pudesse disputar campeonatos na cidade.

O nome Corinthians foi inspirado no Corinthian Football Club, time inglês que fazia uma excursão pelo Brasil na época. Os fundadores escolheram esse nome porque admiravam o estilo de jogo dos ingleses, baseado na técnica individual e na velocidade.

O primeiro presidente do clube foi Miguel Battaglia, um alfaiate que já era sócio-fundador da CPA. Ele tinha a missão de fazer do Corinthians o time do povo e o povo era quem ia fazer o time.

O primeiro treino

No dia 14 de setembro de 1910, os primeiros jogadores alvinegros realizaram o seu primeiro treino diante de uma plateia entusiasmada. Eles jogaram contra uma equipe formada por outros operários da região, mas não conseguiram vencer.

No dia seguinte, eles tiveram a sua primeira vitória fora da cidade de São Paulo. Na manhã de 17 de setembro, eles derrotaram a Ponte Preta por 1 a 0 em Campinas. Foi assim que começou a trajetória do Corinthians no cenário nacional.

O primeiro título

O primeiro título conquistado pelo Corinthians foi o Campeonato Paulista da época. Em novembro de 1914, eles venceram o Lusitano por 3 a 0 no Parque Antártica, em São Paulo. Foi uma partida emocionante, com muita garra e determinação dos corintianos.

O artilheiro do campeonato foi Neco, um atacante que marcou 12 gols em 10 jogos disputados pelo Timão. Ele era conhecido como “O Rei dos Goleiros” por sua habilidade para defender as redes adversárias.

A construção do estádio

Em suas horas vagas, os jogadores alvinegros construíram o gramado do primeiro estádio oficial corinthiano. Ele ficava onde hoje é a Ponte das Bandeiras, na Marginal Tietê. Era chamado de Ponte Grande e tinha capacidade para cerca de mil pessoas.

Em 1924, os corintianos conseguiram comprar um terreno maior para construir um novo estádio com capacidade para mais público. Eles batizaram ele como Estádio São Jorge (atual Neo Química Arena), em homenagem ao santo padroeiro da cidade.

Em 1937, eles conquistaram o seu primeiro título nacional, a Taça dos Campeões Estaduais, que reunia os campeões dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Eles venceram o Fluminense na final por 2 a 1 no Estádio São Januário, no Rio de Janeiro.

Em 1941, eles foram campeões do Torneio Rio-São Paulo, considerado o precursor do Campeonato Brasileiro. Eles derrotaram o Flamengo na final por 2 a 1 no Pacaembu, em São Paulo.

A era de ouro do Corinthians

O Corinthians viveu a sua era de ouro nas décadas de 1950 e 1960, quando conquistou diversos títulos e revelou grandes craques. Entre eles, estavam Baltazar, Cláudio, Luizinho, Gilmar, Zague, Rivellino, Sócrates, Casagrande, entre outros.

Nesse período, o Corinthians foi campeão paulista cinco vezes (1951, 1952, 1954, 1957 e 1958), campeão do Torneio Rio-São Paulo quatro vezes (1950, 1953, 1954 e 1966), campeão da Pequena Taça do Mundo (1953), campeão do Torneio Internacional Charles Miller (1955), campeão da Copa do Mundo de Clubes (1958) e campeão da Taça Brasil (1968).

O Corinthians também foi o primeiro clube brasileiro a disputar a Copa Libertadores da América, em 1960. Eles foram eliminados nas semifinais pelo Peñarol, do Uruguai, que seria o campeão daquele ano.

A democracia corintiana

Nos anos 1980, o Corinthians viveu um momento histórico, tanto dentro quanto fora de campo. Foi a época da chamada democracia corintiana, um movimento que defendia a participação dos jogadores nas decisões do clube, em contraste com a ditadura militar que governava o país.

A democracia corintiana foi liderada por Sócrates, um dos maiores ídolos da história do clube. Ele era médico, intelectual e ativista político, além de um craque de bola. Ele defendia que os jogadores tinham o direito de opinar sobre questões como salários, contratações, escalação, horários de treino, entre outras.

A democracia corintiana também tinha o apoio de outros jogadores importantes, como Casagrande, Wladimir, Zenon, Biro-Biro, entre outros. Eles usavam camisas com frases como “Eu quero votar para presidente” ou “Ganhar ou perder, mas sempre com democracia”.

A democracia corintiana foi um sucesso tanto no aspecto social quanto no esportivo. O Corinthians foi bicampeão paulista em 1982 e 1983, com um futebol alegre e envolvente. Eles também foram vice-campeões brasileiros em 1982, perdendo a final para o Flamengo.

A era moderna do Corinthians

A partir dos anos 1990, o Corinthians entrou em uma nova fase, marcada por grandes investimentos, contratações de peso e conquistas inéditas. Foi nessa época que o clube se tornou um dos mais ricos e poderosos do país, com uma torcida cada vez maior e mais fanática.

Entre os jogadores que vestiram a camisa alvinegra nesse período, estão Marcelinho Carioca, Edílson, Rincón, Vampeta, Dida, Luizão, Ricardinho, Tevez, Ronaldo, Roberto Carlos, Emerson Sheik, Guerrero, entre outros.

Nesse período, o Corinthians foi campeão brasileiro seis vezes (1990, 1998, 1999, 2005, 2011 e 2015), campeão da Copa do Brasil três vezes (1995, 2002 e 2009), campeão do Mundial de Clubes da FIFA duas vezes (2000 e 2012), campeão da Copa Libertadores da América uma vez (2012), campeão do Torneio Rio-São Paulo uma vez (2002) e campeão paulista nove vezes (1995, 1997, 1999, 2001, 2003, 2009, 2013, 2017 e 2018).

O Corinthians hoje

Atualmente, o Corinthians é um dos clubes mais populares e respeitados do Brasil e do mundo. Ele tem uma torcida estimada em mais de 30 milhões de pessoas, que acompanham o time com paixão e dedicação.

O Corinthians também tem uma estrutura moderna e profissional, com um estádio de padrão internacional, o Neo Química Arena, inaugurado em 2014. O estádio foi palco da abertura da Copa do Mundo de 2014 e recebeu jogos importantes da seleção brasileira e do próprio clube.

O Corinthians segue buscando novos títulos e novas glórias, sempre com o apoio incondicional da sua fiel torcida. O Corinthians é mais do que um clube, é uma religião, uma nação, uma família. É o time do povo e o povo é quem faz o time.